Singing Ability, Musical Self-Concept, and Future Music Participation

Demorest, S. M., Kelly. J., & Pfordresher, P. Q.  (2017)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA [APA style, 6th Ed.] + LINK

Demorest, S. M., Kelly. J., & Pfordresher, P. Q. (2017). Singing Ability, Musical Self-Concept, and Future Music Participation.  Journal of Research in Music Education, 64(4), 405-420. DOI: 10.1177/0022429416680096

https://www.researchgate.net/publication/310325000_Singing_Ability_Musical_Self-Concept_and_Future_Music_Participation

O QUE SE QUIS INVESTIGAR?

  1. Que fatores influenciam a escolha da disciplina de Música como eletiva no 7º ano? 
  2. Será que esses fatores estão relacionados com os resultados obtidos em tarefas em que se mediu a afinação cantada? 

EM QUE CONSISTIU A INVESTIGAÇÃO?

Participaram neste estudo 319 alunos do 6º ano de uma escola suburbana na região Pacific Northwest dos EUA. Foram aplicados dois questionários: 1) referentes ao seu histórico musical e familiar; 2) sobre as suas atitudes e crenças sobre a participação musical, incluindo seu autoconceito musical e os custos percebidos de participar em atividades musicais. Após estes alunos se terem matriculado no ano seguinte (7º ano), os investigadores compararam a decisão de cada aluno em participar da disciplina de Música nesse ano com os resultados dos questionários.

Para responder à segunda pergunta, os investigadores conduziram um segundo estudo, tendo selecionado uma amostra aleatória de 55 dos 319 alunos. Foi solicitado a estes alunos que cantassem em várias tarefas: (1) canção “Parabéns a você”; (2) eco de um som, intervalo, padrão; (3) novamente a canção “Parabéns a você”. As performances foram avaliadas de acordo com a afinação e estes resultados foram comparados com as decisões dos alunos em participar da Música no 7º ano e com as respostas aos questionários.

QUAIS FORAM OS RESULTADOS?

  1. Os alunos que escolheram continuar a participar da disciplina de Música o 7º ano revelaram: (a) uma maior perceção do autoconceito musical que aqueles que não seguiram Música; (b) maior propensão a ser influenciados pelos pares na sua escolha de participação; e (c) crenças mais fortes sobre a música não ser uma barreira para outras atividades. Uma análise mais aprofundada revelou que o autoconceito musical, a influência de colegas e o envolvimento musical da família eram os preditores mais fortes das decisões dos estudantes sobre a participação na música.
  2. A análise estatística não mostrou diferença significativa nos resultados da afinação nas tarefas cantadas entre aqueles que optaram por participar da Música no 7º ano e aqueles que não participaram. A comparação com as respostas do questionário revelou que o autoconceito musical era o único preditor exclusivo da afinação. 

QUAL É O INTERESSE PARA A MINHA PRÁTICA?

Os professores de música devem estar cientes de que o autoconceito musical está fortemente relacionado com a participação musical futura dos alunos. Devem, por isso, considerar monitorizar/avaliar os autoconceitos musicais dos alunos. Talvez os professores possam intervir junto dos alunos que se sintam menos positivos em relação à sua musicalidade, procurando oferecer oportunidades em que possam melhorar a sua auto-perceção. Por outro lado, “If we as a profession are interested in expanding the number of children who choose to continue elective music instruction, we should continue to explore how singing skill and musical self-concept interact throughout a child’s early development and what experiences might encourage improvement in both attributes.” (p. 417)