The Effect of Harmonic Accompaniment on the Tonal Achievement and Tonal Improvisations of Children in Kindergarten and First Grade

Denise M. Guilbault (2004)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA [APA style, 6th Ed.] + LINK

Guilbault, D. M. (2004). The Effect of Harmonic Accompaniment on the Tonal Achievement and Tonal Improvisations of Children in Kindergarten and First Grade. Journal of Research in Music Education, 52(1), 64-76.

https://doi.org/10.2307/3345525

O QUE SE QUIS INVESTIGAR?

  1. Será que adicionar os baixos como acompanhamento no ensino de uma canção afeta o desempenho tonal de crianças do pré-escolar e 1º ano?
  2. Será que adicionar os baixos como acompanhamento no ensino de uma canção afeta a força tonal das improvisações de crianças do pré-escolar e 1º ano?

EM QUE CONSISTIU A INVESTIGAÇÃO?

Participaram neste estudo 4 turmas de crianças em idade pré-escolar (total de 68) e 4 turmas de crianças do 1º ano (total de 68) provenientes de uma escola privada no Michigan, EUA. As atividades de improvisação em sala de aula consistiram em: (1) cantar um novo final para uma canção ou modificar uma seção de uma canção familiar; (2) usar padrões de tónica e dominante diferentes (ex., se uma canção começa com um padrão de tónica, a criança deve cantar esse padrão com outra ordem de sons); (3) “improvisação conversacional”, ou seja, frases melódicas baseadas essencialmente em padrões de tónica e dominante, em alternância entre o professor e a criança. Todas as canções foram apresentadas em sílaba neutra e só mais tarde foi adicionado o texto. 

No grupo de tratamento (2 turmas do pré-escolar e 2 turmas do 1º ciclo) aproximadamente 80% das canções utilizadas em aula eram apresentadas com a linha dos baixos, e as atividades de improvisação eram acompanhadas pelos baixos (ex., em xilofones, metalofones). No grupo de controlo (as restantes turmas) nunca foi usado o acompanhamento com os baixos da melodia, quer no ensino da canção quer nas atividades de improvisação.No período pós-instrução, cada criança foi gravada a cantar as duas canções e a improvisar um final para uma canção não familiar. De entre as canções usadas em atividades de sala de aula, uma canção em modo maior e outra em modo menor, ambas em métrica binária (compostas pela investigadora) foram utilizadas para avaliar o desempenho tonal das crianças. Os testes foram realizados sem acompanhamento com os baixos da melodia. As performances foram avaliadas por três juízes independentes, que utilizaram duas escalas (Tonal achievement rating scale, contínua e com 5 critérios; e Improvisation rating scale, contínua e com 6 critérios).

QUAIS FORAM OS RESULTADOS?

O desempenho tonal das crianças não diferiu entre a canção em modo maior e modo menor em qualquer um dos grupos e entre grupos, embora se tenha revelado que as crianças mais velhas obtiveram pontuações mais altas. Quanto às improvisações, as crianças do grupo de tratamento, ou seja, as que escutaram os baixos das melodias como acompanhamento durante o período de instrução, obtiveram pontuações significativamente mais altas que as do grupo de controlo. Também neste caso as crianças mais velhas obtiveram pontuações mais elevadas, o que se pode dever a questões de maturação. 

QUAL É O INTERESSE PARA A MINHA PRÁTICA?

O facto de apresentarmos as canções com ou sem acompanhamento harmónico não terá influência no desempenho tonal das crianças. Ou seja, provavelmente a afinação do modelo (educador/professor) terá mais influência no resultado final. Por outro lado, o facto de se utilizarem os baixos da melodia como acompanhamento potencia a improvisação melódica das crianças: “teaching children to improvise within the tonality of a song provides the readiness for students to learn to improvise melodies over harmonic progression” (Gordon, 2003, conforme citado em Guilbault, 2004, p. 75).